O ex-prefeito de Castro Alves Diógenes
Oliveira, 61 anos, assassinado no início da manhã desta quinta-feira
(29), na cidade (194 km de Salvador) com dois tiros em sua residência, seu
filho Crisógenes Souza Oliveira, 27 anos, conhecido Kiko, informou em
entrevista ao Voz da Bahia que assistiu a morte de seu pai e não pôde
fazer nada. O filho da vítima explicou que os bandidos pareciam
determinados do que planejaram. De acordo a testemunha, os marginais
invadiram a casa quando seu pai e um amigo estavam na cozinha tomando o
café da manhã, “eles pularam a janela e chegaram gritando pedindo que
nós nos afastássemos, me deram uma gravata e deferiram um tiro no peito
de meu pai, depois o alvejaram no pescoço e foram embora, foi tudo muito
rápido”, completou.
(Ex-prefeito Diógenes assassinado na manhã desta quinta-feira)
(Janela da residência do ex-prefeito que os marginais pularam para cometer o crime)
Questionado
se o ex-prefeito recebia alguma ameaça, Crisógenes negou, dizendo que a
vítima não tinha inimigos, tornando a situação inexplicável para todos
que o conhecia. Ele disse ainda que os meliantes não se preocuparam em
esconder sua identidade invadindo a residência sem capuz, “meu pai não
teve o direito de falar nada, pois o primeiro tiro foi fatal, tentei
pegar um deles, mas tive que prestar socorro”, comentou. A população de
Castro Alves está revoltada com o fato ocorrido, querendo justiça.
Segundo o filho de Diógenes, continha mais de 2 mil pessoas em frente a
sua casa chorando e lamentando o ocorrido. Ainda conforme Oliveira, seu
pai era filiado ao PT e tinha uma porcentagem muito boa de domínio para
as eleições, entretanto disse que esse não tenha sido o motivo do
assassinato.
(Ex-prefeito Diógenes assassinado na manhã desta quinta-feira)
Cerca
de 10 anos atrás foi assassinado na cidade de Castro Alves, o atual
prefeito da época, e até os dias de hoje não se sabe o motivo do crime. A
respeito dessa afirmação Kiko desabafou: “Se houver alguma ligação
entre esses homicídios deve ser descoberto por que não é possível a vida
toda pessoas inocentes morrerem e ficar sem solução, alguém deve tomar
providências nessa questão, são pessoas de bem morrendo por nada, pais
de família”. Diógenes Oliveira deixou quatro filhos sendo uma mulher e
três homens, completaria 62 anos dia 6 de abril e estava organizando uma
festa em comemoração. Na cidade havia um outdoor fazendo referência ao
seu aniversário e subliminarmente a uma pesquisa realizada no município
onde ele aparecia com 66% de preferência do eleitorado.
(Cartaz no Centro de Castro Alves)
“Eu
quero saber a verdade, desejo uma investigação bem detalhada até chegar
ao resultado final. Os culpados devem ficar atrás das grades, eles
mataram um pai diante de um filho, não merecem ficar livres, são
animais”, concluiu o Crisógenes emocionado.
Reportagem e Fotos: Voz da Bahia - Letícia Oliveira
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