quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Desaparecido há 12 anos, biólogo paulista morre como andarilho em Canudos

Desaparecido há 12 anos, o biólogo paulista Afonso Constantino Coralov pode ser o homem encontrado morto nesta segunda-feira (23) em Canudos, no nordeste baiano. Ex-diretor da Sociedade Paulista de Zoológicos, ele morava em um sítio em Mogi das Cruzes e, antes de desaparecer, teve seu caso tratado com sequestro.
Descendente de russos, Coralov, que tinha 56 anos, viveu há pelo menos três como andarilho na cidade do sertão da Bahia. Desde 2002, no entanto, o biólogo consta como desaparecido no cadastro da Polícia Civil. Moradores da Rua Belo Monte, em Canudos, reconheceram o biólogo na foto do cadastro mostrada pela polícia. Além disso, a comerciante Izaltina Vera Cruz, que deu abrigo e alimentação ao andarilho, afirmou que o homem lhe confidenciou a data de nascimento – que coincide com a Coralov –, e "que era diretor de uma instituição importante e que uma decepção fez ele fugir". “Educadíssimo, uma pessoa distinta. Nunca pareceu um mendigo. Era um andarilho”, contou a comerciante.
Segundo o delegado titular de Euclides da Cunha, Paulo Jason – que responde também por Canudos – está certo de que se trata do biólogo. “Resta apenas fazer a identificação das digitais. Mas tudo indicar ser ele”, afirmou.
Apenas um cunhado de Coralov, que viu a notícia no site O Diário de Mogi, foi localizado. “Quase tenho um enfarte. O problema é que os únicos vivos da família sou eu e minha filha. Não temos condições de ir a Canudos”, disse Olímpio Dimitreva, 59.
Em Canudos, Coralov se apresentava como Tarso Bandeira, segundo a polícia nome do seu avô.
Ainda não se sabe a causa exata da morte. Acredita-se que Coralov morreu pelo abuso de álcool.

As informações são do Correio.

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