quarta-feira, 19 de abril de 2017

Polícia de três estados investigam suicídios ligados ao jogo "Baleia Azul"

A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) do Rio de Janeiro começou a investigar uma rede de cibercriminosos que convencem crianças e adolescentes a participar de um jogo chamado de Baleia Azul, que tem como objetivo final o suicídio. Nele, o jogador tem que cumprir 50 etapas, que vão desde a “assistir filmes de terror” a “desenhar com estilete uma baleia no braço”. A última regra seria tirar a própria vida.
A polícia já investiga a tentativa de suicídio de uma menina de 12 anos, ocorrida no Rio, na última semana, que seria em consequência do jogo. Segundo a delegada Fernanda Fernandes, que temporariamente está respondendo pela DRCI, já há um inquérito aberto na delegacia após uma mãe denunciar, na quarta-feira (12), que seu filho, de 12 anos, recebeu um desafio. 
“Inicialmente, achei um fato atípico. Mas, depois que li as mensagens, percebi que havia um certo convencimento na linguagem utilizada. Se a criança é induzida a se cortar isso configura lesão corporal, já que o ‘curador’ estaria agindo por autoria imediata (domínio da vontade alheia), se utilizando do incapaz para a prática de crimes”, disse. 
Curador é como o recrutador do jogo se autodenomina. Segundo Fernanda, ele é o responsável por recrutar menores para o Baleia Azul e passar as tarefas diárias, realizadas na madrugada.
A polícia de Mato Grosso investiga a morte de um adolescente relacionada com o o jogo. Na Paraíba, a PM abriu investigação após um oficial da corporação, coronel Arnaldo Sobrinho, descobrir que alunos de uma escola estavam cumprindo os desafios.
No Facebook, ele pediu aos pais para que fiquem alertas. “Há um engano porque (os pais) acham que é um aplicativo, um jogo, mas não é. O desafio é repassado por meio de mensagens em grupos”, disse. A corporação investiga se alguns jovens foram coagidos a participar do jogo, a partir de ameaças feitas após invasões a seus computadores. O DIA

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