sexta-feira, 27 de julho de 2018

Pais de Beatriz pedem que Justiça reveja pedido de prisão preventiva negado do homem suspeito de apagar imagens do dia do assassinato; Mais uma vez ela está sendo vítima da injustiça".

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Um homem suspeito de apagar imagens das câmeras de segurança da colégio particular onde a menina Beatriz Angélica Mota Ferreira da Silva, de 7 a nos, foi encontrada morta, com 42 facadas, no dia 10 de dezembro de 2015, foi conduzido coercitivamente pela polícia para prestar depoimento sobre o caso. O crime aconteceu em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, e teve repercussão nacional. Em entrevista exclusiva a TV Grande Rio, nesta quinta-feira (26), os pais da garota, Sandro Romildo Ferreira da Silva e Lúcia Mota, falaram sobre a decisão da justiça. Confira a entrevista completa no vídeo.
O casal lamentou o fato do pedido de prisão preventiva do homem que, segundo eles, era funcionário do colégio, ter sido negado pela justiça. Os pais acreditam que a condução coercitiva foi insuficiente. “A gente precisa saber por que ele apagou essas imagens. Não foram imagens aleatórias. Ele voltou dias depois a escola, apagou imagens de câmeras específicas, no dia específico, no horário específico. A gente precisa dessa prisão pra ele revelar por que fez isso, a mando de quem, se foi deliberadamente opinião dele”, diz Sandro Romildo.





Pais de Beatriz Angélica falam sobre as investigações do assassinato da menina (Foto: Emerson Rocha)


“É importante que o judiciário reavalie essa decisão, porque Beatriz, mais uma vez, está sendo vítima da injustiça. E agora está partindo do judiciário. Essa negativa vai prejudicar o processo no futuro”, afirma Lúcia Mota.
Os pais de Beatriz também falaram sobre os avanços nas investigações sobre a morte da menina. Para Lúcia Mota, o entrosamento entre a Polícia Civil e o Ministério Público tem sido muito importante. “Eles têm desenvolvido um trabalho de excelência. Isso pra gente foi bastante relevante. Estamos colhendo os frutos desse entrosamento. Já chegou-se a uma prova, a uma evidência concreta de um fato que ocorreu no dia 10 de dezembro de 2015, porque, até então, não existia nada”.

A área marcada em preto é considerada pela polícia como área de execução do crime (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Em nota, o Ministério Público informou que o grupo de trabalho do MP designado para o caso segue atuando para elucidar a morte de Beatriz Angélica Mota e que recentemente recebeu reforço de dois novos servidores que vão ajudar os promotores de justiça.
Também por meio de nota, o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora informou que o homem apontado pela polícia como suspeito de ter apagado as imagens das câmeras de segurança da instituição, nunca fez parte do quadro de funcionários do colégio, e que ele apenas prestava serviço através de uma empresa contratada. O colégio afirma ainda que não houve qualquer tipo de manipulação das imagens pela instituição, e que as gravações foram entregues de forma completa a polícia.

O caso
Beatriz Angélica foi assassinada com 42 facadas dentro de um dos mais tradicionais colégios particulares de Petrolina. O crime ocorreu dentro da quadra onde acontecia a solenidade de formatura das turmas do terceiro ano da escola. A irmã da menina era uma das formandas. A última imagem que a polícia tem de Beatriz foi registrada às 21h59 do dia 10 de dezembro de 2015, quando ela se afasta da mãe e vai até o bebedouro do colégio, localizado na parte inferior da quadra. Minutos depois, o corpo da criança foi encontrado atrás de um armário, dentro de uma sala de material esportivo que estava desativada após um incêndio provocado por ex-alunos do colégio.

G1

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