sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Crônicas do Cotidiano - Brincadeiras inocentes

Por: Ivanei Santos

Em 1964 a 1968, existia uma galera aqui em Várzea do Poço, quase todos da mesma idade, que naquela época brincávamos todos integrados com o momento daquela diversão como: Pinhão, suruco, cavalo de pau, carro de caixão, gude, ponto armado, guerrô, raia, pula corda, enfinca, boca de forno, pau de bosta, carrinho de lata, roda pneu, esconde-esconde, meu e teu, vira figurinha, pau de cebo, fazer represa na correnteza da chuva, macaco ou onça e nos tempos de trovoadas, cantar o refrão “cai, cai tanajura na panela da gordura”, que era para as tanajuras (formigas de asas), caírem para serem espetadas pela bunda, pegar piaba e peixe-sabão no sangrador dos tanques, tomar banho nas aguadas. Essa última brincadeira não era aconselhada pelos nossos pais, mas saíamos escondidos às vezes não dava certo, porque o dono do tanque pegava a nossas roupas, levava para sua casa e depois entregava para nossos pais. Quando chegava circo na cidade, o palhaço saia pelas ruas em cima das pernas de paus para anunciar o espetáculo gritando “hoje tem espetáculo” Nos respondíamos atrás do palhaço, “tem sim, senhor” o pagamento era o ingresso para o espetáculo. Eram tempos divertidos.

Essa galera era composta por: Ivanei, Nego Valter, Orlando de Meu Zé, Tonho Criminoso, Dão de Joaquim, Adailton de Raul, Vado de Diquinha, Ronival, Dico de Zé Pelanca, Jorge de Guio, Hermes de Hermógenes, Josadak de Luzia, Zé Gago de Lagoinha, Afonso de João Motorista, Normando de Cotinha, Edson Bem-te-vi e Ercílio de Gonzaga, Mundinho de Braz, Dêdê de Bidão, João Carlos de João Palmeiras, Vado de Manoel Dias, João de Benigno, Zemar, Fio de Cazinho, Zé Catita, Nabuco de Belarmino, Miguelzinho de Dabê, Minininho de Aristides, Raimundo de Mauricio, Bureco de Zique, Dinado de Mario da Tiririca, Luiz de Louro, Tonho de Valmir, Itinho de Elide, Wilton de Netinho, Nivaldo Babão, Rocão, Vaninho, Birrinho de Miliano, entre outros.


Nilton Ivanei Gomes dos Santos, nascido em 1952 em Salvador, mas criado em Várzea do Poço – Bahia. 
Historiador que vivencia os movimentos culturais, esportivos e políticos dessa cidade.

Um comentário:

Anabela Jardim disse...

"Pau de bosta"? Que brincadeira é essa? Aqui em MG nunca ouvi falar...