domingo, 8 de janeiro de 2017

Homem que matou 5 da família em Feira passou por Jacobina e Capim Grosso durante a fuga


O 13º salário de 2016 da costureira Ana Cristina de Jesus, 37 anos, foi tomado pelo marido dela, Gilson de Jesus Moura, 49, e utilizado para fazer a revisão do carro. O Gol vermelho, ano 1999, foi vendido pelo autônomo dias depois de ele trancar toda a família em casa, no bairro da Mangabeira, em Feira de Santana, atear fogo e fugir. Para a polícia, esse é um indício de que o crime, que terminou na morte de três filhos de Gilson, da enteada dele, grávida de cinco meses, e do filho dela, foi premeditado.
Após incendiar a casa, na madrugada de quarta-feira (4), Gilson passou pelos municípios de Capim Grosso, Jacobina e Irecê, no Centro-Norte da Bahia. Quando foi preso, às 7h de ontem, ele se preparava para retornar a Capim Grosso.
“Ele dormiu em rodoviárias e no carro, para fugir da perseguição policial. Foi uma fuga momentânea. Ele voltou para Feira de Santana para entregar o carro e o DUT (documento do veículo) à pessoa que ele ia vender o carro. Ele estava no Marajó, quando um policial militar à paisana o viu, reconheceu e avisou à polícia”, contou o delegado João Uzzum, coordenador de Polícia Civil de Feira de Santana. Gilson foi preso no Largo do Marajó, onde moradores costumam pegar transporte para o interior do estado
Planejado
A tese da polícia é que, motivado por um sentimento de posse doentio pela esposa, Gilson premeditou o crime. “Tivemos vários indícios pelas oitivas que colhemos. Ele já havia feito ameaças, alguns vizinhos disseram que no Natal ele já dizia que ia tocar fogo na casa e matar todo mundo”, diz a delegada Larissa Lage.
“Ele também se apossou de um dinheiro da esposa e gastou na revisão do carro e encheu o tanque, já se preparando para fugir”, completa a delegada. “Ele combinou a venda do veículo e voltou para Feira de Santana, para entregar”, afirma. Gilson ainda apanhou o celular da esposa e ficou com ele.
De acordo com o delegado João Uzzum, Gilson escondeu um galão de gasolina dentro da residência – outro indício de ter premeditado. “Quando a família dormiu, ele derramou (a gasolina) sobre as pessoas, ateou fogo e trancou as portas”, conta Uzzum.
Gilson negou as acusações da polícia. “A gasolina era para abastecer a moto da minha mulher. O celular eu peguei por pegar, inclusive ficou desligado o dia inteiro”, disse.
Facadas

Fonte: Correio

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