quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Lixão de Lapão: moradores convivem com mau cheiro e situação de calamidade

Lixão de Lapão: moradores convivem com mau cheiro e situação de calamidade
Quem passa pela principal rodovia que liga Lapão, no sertão da Bahia, às cidades de Irecê, Canarana, Barro Alto, Iraquara, Seabra e toda Chapada Diamantina sofre com o mau cheiro e a situação de calamidade com o lixo e detritos espalhados pelo local. Os ventos fortes têm contribuído para espalhar o lixo depositado, diariamente, a céu aberto.  O deposito de lixo é feito pelos caminhões e compactadores que prestam serviço à Prefeitura Municipal. Há três anos o lixo se concentrava ao lado esquerdo da BA-432, no sentido Lapão / Aguada Nova. Mas, agora, sacos, caixas de papelão, garrafas plásticas e diversos resíduos são encontrados do outro lado da pista, nas imediações da Vila Castro, no acesso para a comunidade de Tanquinho. Amparado pela vegetação e pelas cercas de arame farpado, o amontoado se transforma num “monumento à feiura”. Em meio à sujeira, lutando por espaço com cães famintos, ratos e urubus, a catadora de material reciclável Erotildes Alves de Souza, de 76 anos, sobrevive com menos de R$ 100 por mês Segundo informações do Sertão Baiano.  “Eu ganho 25 centavos por quilo de plástico. É uma vida miserável, mas não tenho outra escolha. Trabalhei por mais de 20 anos na Prefeitura e não consegui me aposentar. Tenho oito filhos... três ainda moram comigo. Aqui, nesse lixão, já passei por coisa que até Deus duvida! Mas, fazer o quê, meu filho?”, questiona, desesperançosa, a moradora do Bairro Teotônio Rodrigues. Por medo de represálias, outros catadores (inclusive crianças) evitaram falar, abertamente, com a reportagem do Sertão Baiano. Mas, todos se queixam de manchas na pele, coceira no corpo, cansaço e problemas respiratórios, especialmente nos períodos em que o lixo é queimado.
No local é possível encontrar muito entulho, pneus, móveis velhos e material queimado, prática que é categoricamente proibida pela lei, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Entre outros artigos, o texto sancionado pela Presidência da República veda a “destinação ou disposição final de resíduos sólidos” em praias, corpos hídricos e lançamento in natura.  Apesar de afetar diretamente moradores de Aguada Nova, Vila Castro, Rua Bahia e bairros adjacentes, o lixo espalhado pelo vento tem alcançado locais ainda mais distantes, a exemplo do Parque da Cidade, Centro Administrativo, a Praça Bráulio Cardoso e até mesmo a área externa do Cemitério Municipal, localizado a aproximadamente três quilômetros.  Nesta terça-feira (16), dia da visita ao lixão de Lapão, o Sertão Baiano informou que levou o problema até à assessoria de comunicação da Prefeitura. Entretanto, até a publicação da matéria não obteve nenhuma resposta oficial por parte do Governo Ricardo Rodrigues.
Com informações do site Sertão Baiano

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