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Dois servidores municipais da cidade de Ibicaraí, no Litoral Sul, estão sendo acusados de improbidade administrativa pelos Ministério Público Estadual (MP-BA). Eles teriam se candidatado ao cargo de vereador nas eleições municipais com o único objetivo de usufruir do afastamento remunerado.
Conforme divulgado nesta quinta-feira (4), pelo próprio MP, a ação civil pública ajuizada contra os servidores Fabricio de Oliveira Costa e Sandy de Jesus Silveira Matos requer que eles devolvam ao município os valores referentes à remuneração.
De acordo com o promotor de Justiça Dioneles Leone Santana, o fato dos servidores não terem recebido nenhum voto, pode ser considerado como elemento suspeito para a investigação. “Os servidores disputaram a última eleição municipal, mas não angariaram voto algum, nem eles mesmos votaram em suas candidaturas no pleito municipal, tratando-se, claramente, de candidaturas suspeitas”, ressaltou o promotor de Justiça.
A servidora teria se afastado das atividades acadêmicas em razão de candidatura a mandado eletivo, entre os dias 14 de agosto e 15 de novembro de 2020, e por isso continuou recebendo os vencimentos que somam R$ 4.854,33. Já o servidor teria se afastado das suas atividades como agente administrativo municipal, no mesmo período, mas recebeu ao todo R$ 3.544,86.
O promotor explicou que a professora Sandy, já como servidora pública, disputou o pleito eleitoral municipal nos anos de 2012 e 2016. Em 2012, na primeira vez em que se candidatou, estava filiada ao PMDB e obteve apenas um voto. Na segunda vez, em 2016, concorreu pelo PTN, e obteve dois votos. Em 2020, concorreu pelo PSDB e não teve nenhum voto computado.
Segundo o órgão, o servidor Fabrício também acumula candidaturas fracassadas ao cargo de vereador em eleições passadas. “No ano de 2012, o acionado concorreu pelo PTC, com o nome Fabrício, e teve sua candidatura indeferida. Em 2016, concorreu com o nome Bricete pelo PPS e obteve apenas um voto. Nas eleições municipais de 2020, o agente administrativo disputou pelo PSDB como ´Fabricete´ e também não teve votos computados”, diz o órgão.
(BN)
Foto: Divulgação / Humberto Filho - MPBA
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