sábado, 15 de dezembro de 2012

"Não quero morrer", gritavam crianças em escola onde aconteceu massacre nos EUA

Suspeito Adam Lanza em 2005. Ele matou mãe e mais 25 pessoas e se matou
A professora primária Kaitlin Roig, da escola Sandy Hook, contou à rede ABC News como foram os momentos de pânico depois que um atirador invadiu o local armado na manhã desta sexta-feira (14). Vinte seis pessoas foram mortas pelo homem, que depois se matou, segundo a polícia local de Newtown. A cidade de 27 mil habitantes fica a 137 km de Nova York. Roig disse que temia que ela e os alunos não sobreviveriam ao ataque. Assim que ouviu os tiros ordenou que as criaanças fossem até o banheiro da classe e trancou a porta. Quando a polícia chegou para resgatá-los, ela se recusou a destrancar a porta, temendo que fosse um truque do atirador para retirá-los dali. Ela pediu que os policiais colocassem os distintivos por debaixo da porta para acreditar neles. 
"Eu não acreditei neles. Eu disse que se eles eram policiais, eles conseguiriam uma chave... Eles conseguiram e então destrancaram o banheiro", conta a professora. A professora contou também que tentou se manter positiva apesar de tudo pelo bem dos alunos, que estavam preocupados e gritavam. "Eles perguntavam, 'Podemos ver se tem alguém lá fora... Eu só quero o Natal... Eu não quero morrer, só quero comemorar o Natal", lembrou.
Outros relatos mostram que os professores fizeram de tudo para salvar as crianças. Um professor ajudou duas crianças a evitar tiros puxando-os para uma sala e outra usou o corpo para manter uma porta fechada e impedir a entrada do atirador.
Com a chegada da polícia, os alunos foram aos poucos sendo retirados da escola. "A polícia disse para a gente se abraçar, pegarmos nas mãos uns dos outros e fecharmos os olhos. Só abrimos ao sair do colégio", lembrou Vanessa Bajraliu, 9. A preocupação era evitar que as crianças vissem colegas mortos.
Massacre

O atirador foi identificado como Adam Lanza, 20, segundo a Associated Press - a informação ainda não foi oficialmente confirmada pela polícia. Ryan Lanza, que teve a página de Facebook divulgada depois de ser identificado como o atirador, é na verdade irmão do suspeito e não tem envolvimento com o tiroteio.

Segundo as primeiras informações, Lanza teria entrado somente em duas salas, onde abriu fogo. Morreram 20 crianças - 18 no local e duas em um hospital - e seis adultos. Um baleado sobreviveu. Um dos adultos mortos foi a própria mãe do atirador, Nancy, que era professora-auxiliar da escola. Ela foi a primeira vítima, morta em casa pelo filho, que depois dirigiu até a unidade de ensino onde aconteceu o massacre.

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