O diretor do Colégio Estadual Antonio Carlos Magalhães foi
vítima de duas tentativas de homicídio em menos de um mês na cidade de
Santa Inês, no interior do estado.
Nos
dias 11 de junho e no último domingo (7), vidraças da casa do professor
Hérmeson Novaes Eloi foram atingidas por disparos de arma de fogo.
Hérmeson
não conseguiu identificar a pessoa que realizou o disparo contra ele e
não tem suspeitas de quem teria sido o autor das tentativas de
homicídio. No entanto, ele tem receio que os crimes tenham sido fruto de
alguma retaliação política ou contra sua permanência na cidade, na qual
ele mora há quase seis anos.
Segundo
o professor, no último fim de semana, na madrugada do sábado (6) para o
domingo (7), foi disparado um tiro contra uma vidraça do quarto do
professor, por volta de 4h30. Hérmeson estava viajando para uma cidade
vizinha e havia apenas um amigo na sua residência para cuidar da casa.
No
início de junho Hérmeson quase foi atingido pelo disparo. Por volta de
2h30 da madrugada, a campainha da sua casa tocou e ao se aproximar da
vidraça da sala para verificar quem estava chamando, uma pessoa
encapuzada disparou em sua direção, mas o tiro não o atingiu.
O
professor suspeita que mais de uma pessoa esteja envolvida no primeiro
crime: "Imagino que ao mesmo tempo em que uma pessoa tocava a campainha,
outra se posicionava para atirar", afirma a vítima, que estava
acompanhada em casa por sua esposa, o filho e o filho de um amigo.
O
segundo atentado aconteceu apenas dois dias depois que ele retornou ao
trabalho. Após o primeiro caso, no mês de junho, o diretor do colégio
teve um período de afastamento do cargo que emendou com as férias no
período de São João.
Hérbeson
ainda disse que não teve nenhuma discussão recente que pudesse ter
motivado o crime, mas afirmou que seu sucesso nos seis anos à frente da
direção do colégio poderia ter causado algum desconforto em outras
pessoas: "O bom trabalho desperta pavores. Tem pessoas que torcem pelo
insucesso".
Boatos
dão conta que os crimes poderiam ser fruto de retaliação política ou
até mesmo cometidos por alunos do colégio do qual a vítima é diretor,
mas Hérbeson não quis levantar suspeitas contra estudantes e afirmou que
não tem nenhum tipo de relação com a política local: "Nunca nem subi em
palanque", disse.
O
diretor do colégio estadual prestou queixa na polícia sobre os casos e a
delegacia de Santa Inês, a cerca de 300 quilômetros de Salvador está
investigando as tentativas de homicídio. (Informações do Correio).
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