terça-feira, 2 de junho de 2015

'Eu disse que era cardíaco', diz homem que se livrou de ser refém de quadrilha

"Queriam me levar, mas eu disse que era cardíaco". O professor Antônio Sérgio, que estava no banco assaltado por quadrilha que invadiu e criou pânico na cidade de Conde, localizada há cerca de 200 quilômetros de Salvador, nesta terça-feira (2), conta que foi desta forma que ele conseguiu convencer os bandidos a não levá-lo como refém. "O carinha lá foi até gente boa, disse que eu poderia ficar tranquilo, que não iam me levar", acrescenta o professor. Antônio conta que estava tirando um extrato, quando o grupo chegou. "Não bateram em ninguém, não machucaram. Só mandaram a gente ir para o lado de fora do banco e tirar a camisa. O comerciante Marcelo Costa não teve a mesma sorte que Antônio. Ele foi um dos reféns levados pelo grupo e ficou em posse da quadrilha por uma hora, antes de ser liberado. Marcelo se disse aliviado após retornar para casa. "A gente só tem que agradecer a Deus pelo livramento", afirmou. Segundo o comerciante, ele foi solto junto com os outros reféns em uma estrada da região do município de Jandaíra, que fica a 75 quilômetros de Conde. Ele conta que no carro em que estava tinham mais cinco reféns. "Eles não fizeram nada com a gente, mas falavam que se aparecesse algum policial, eles iam atirar para matar", afirmou. "O tempo todo eles ficaram gesticulando, mandavam não olhar para eles, faziam muita pressão psicológica e xingavam a gente", diz o comerciante, que está completando dez anos de casado nesta terça e teve a aliança e uma corrente roubados pelo grupo. Apesar de ter perdido a aliança, Marcelo conta que os bandidos não levaram a quantia que ele ia depositar no banco. Moradores da cidade contam que a ação dos bandidos gerou momentos de tensão na cidade. "Eu estava perto quando ouvi o barulho dos tiros. Quando cheguei mais perto só vi gente correndo. Depois passou o carro deles em alta velocidade", afirma o morador Ronaldo Sobrinho. Segundo a polícia, os bandidos deixaram a agência com os reféns em dois veículos. Na estrada, eles pararam um caminhão, o atravessaram na pista e tocaram fogo. Foi nesse momento que soltaram os reféns. (Foto: Ruan Melo/G1 Bahia)

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