terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Irecê: PF desarticula quadrilha especializada em fraudes previdenciárias

Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão
nas cidades de Irecê, São Gabriel e Canarana - Foto: Redes Sociais

A Polícia Federal, em ação conjunta com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, integrantes da força-tarefa previdenciária, deflagra nesta terça-feira (4), a 'Operação Rasputin', que visa desarticular grupo de estelionatários que atuava na região de Irecê, no norte da Bahia, intermediando a obtenção irregular de benefícios previdenciários de segurados especiais rurais.

As fraudes investigadas são relativamente comuns no universo de delitos praticados em detrimento do Instituto Nacional do Seguro Social. Em síntese, mediante a utilização de documentos falsos, falsos testemunhos, confecção de instrumentos comprobatórios de negócios jurídicos fictícios etc., a autarquia previdenciária era ludibriada quanto à qualidade de segurado especial rural dos requerentes, propiciando a obtenção ilícita dos mais variados benefícios previdenciários, dentre os quais a aposentadoria especial rural, a pensão por morte de trabalhador rural, o auxílio doença e o salário maternidade de segurado especial.

Há indícios de que o grupo também atuava propondo ações judiciais perante a Justiça Federal requerendo o deferimento dos benefícios previdenciários sob a alegação de exercício de atividade rural. Para isso, valia-se de falsos testemunhos para comprovar a qualidade de segurado especial dos autores das ações.

O prejuízo aos cofres públicos até agora foi calculado em R$ 1,2 milhões, relativos apenas a 20 benefícios com constatação de fraude, números estes que, com o avançar das investigações, devem se revelar muito superiores.

Os envolvidos responderão por diversos crimes, dentre eles estelionato previdenciário, associação criminosa, uso de documento falso, falsidade ideológica, falsificação de documento público e falso testemunho, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 30 anos de prisão. (Ascom PF)

Jacobina Notícias

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