Quando os bebês nascem prematuros ou com baixo peso, é
comum que as mamães recorram ao leite em pó como alimento
complementar. Mas é preciso cuidado. Uma pesquisa realizada pela
professora de Biomedicina a Veris IBTA Metrocamp, Rosana Siqueira dos
Santos, apontou que em 12% das 98 amostras analisadas foi identificada a
presença da bactéria Cronobacter spp – que pode ocasionar doenças como
meningite.A concentração encontrada foi baixa. Porém, no preparo da
fórmula, é preciso tomar alguns cuidados para evitar a proliferação. “A
água tem que estar fervida, a lata não pode ficar aberta e as mãos dos
manipuladores devem estar muito bem limpas”, comenta a pesquisadora.
Caso
contrário, o microorganismo é exposto a um ambiente ideal e pode se
multiplicar em uma velocidade rápida. “Em vinte minutos, o número de
bactérias dobra.” Além disso, essa bactéria é capaz de criar uma
película resistente, chamada biofilme, que é de díficil remoção. “É aí
que está o maior problema. As bactérias contaminam os utensílios e,
mesmo após a lavagem, podem continuar ali.”A pesquisadora alerta que a
contaminação não se restringe às crianças, mas que elas são as mais
suscetíveis ao risco. A indicação é tentar manter a amamentação com
leite materno. Porém, se não for possível, é preciso seguir as
instruções de preparo dos fabricantes: higienizar as mamadeiras e
utensílios com água fervente por no mínimo cinco minutos antes do uso;
ferver a água, mesmo que seja mineral, desprezar ou guardar a sobra do
leite na geladeira à uma temperatura adequada e não sair de casa com a
mamadeira pronta.