terça-feira, 25 de setembro de 2018

Rejeição a Bolsonaro cresce em quase todos os segmentos; Haddad amplia vantagem no Nordeste

Rejeição a Bolsonaro cresce em quase todos os segmentos; Haddad amplia vantagem no Nordeste
Foto: Arquivo O GLOBO
A pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira mostra que o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) é o mais rejeitado entre os homens, entre os mais jovens e entre os eleitores de Ensino Superior - três dos segmentos que mais lhem rendem apoio nas pesquisas de intenção de voto. O levantamento aponta que o militar segue na liderança, com 28%, seguido por Fernando Haddad (PT), que tem 22%. A rejeição deles é de 46% e 30%, respectivamente. Dos estratos eleitorais apurados pelo instituto, o militar da reserva só diminuiu sua rejeição fora da margem de erro de dois pontos percentuais na faixa de eleitores de 45 a 54 anos (de 47% para 42%). No Sul do país, Haddad (PT) cresceu oito pontos, enquanto Bolsonaro, que é líder de votos na região, caiu oito pontos. A rejeição do militar subiu 11 pontos por lá. O petista ainda ampliou seu apoio no Nordeste (foi a 34%) e subiu 14 pontos, por exemplo, nos votantes que não se identificam como brancos nem pretos e pardos. Enquanto isso, o candidato do PSL cresceu entre os menos escolarizados. Os dois líderes das sondagens de voto estão empatados entre as mulheres, os católicos, os mais velhos e os pretos e pardos.
SEXO

No segmento sexo, Bolsonaro oscilou dentro da margem de 36% para 35%, e Haddad subiu de 18% para 22% entre os homens; entre as mulheres, o candidato do PSL também oscilou dentro da margem de 20% para 21%, e o petista de 19% para 21%. Bolsonaro voltou a ser o candidato mais rejeitado entre os homens - subiu de 33% para 37% - enquanto Haddad diminuiu essa oposição - 37% para 34%. No eleitorado feminino, o candidato do PSL teve rejeição estimada em 54% ante os 50% do levantamento anterior. O petista, por sua vez, assumiu o segundo lugar ao subir três pontos e marcar 26% de rejeição. Marina Silva (Rede) manteve 28% entre os homens e oscilou um ponto para baixo até 23% entre as mulheres.
IDADE
Nas intenções de voto, Bolsonaro oscilou de 32% para 34% entre os jovens adultos (de 25 a 34 anos), enquanto Haddad subiu sete pontos, de 16% a 23%. O candidato do PSL ainda perdeu sete pontos na faixa de 35 a 44 anos frente a um avanço de três ponto, até 23%, do petista. O militar tem desempenho melhor entre os mais velhos: subiu cinco pontos, de 23% para 28%, entre os votantes de 45 a 54 anos e oscilou um ponto para cima, até 25%, entre os que têm 55 ou mais, em cujo segmento Haddad cresceu de 18% para 23%. A rejeição de Bolsonaro subiu em todas as faixas etárias, com exceção dos eleitores de 45 a 54 anos, em que esta taxa caiu de 47% para 42%. Haddad, neste ramo, passou de 27% a 32% neste segmento. Entre 16 e 24 anos, o candidato do PSL viu o número de eleitores que não o apoiam "de jeito nenhum" subir de 47% para 51%. Haddad oscilou dois para baixo, a 23%. Entre 35 a 44 anos, a rejeição de Bolsonaro cresceu dez pontos, de 42% a 52%. Haddad oscilou de 30% para 28%. Com 55 anos ou mais, o militar teve rejeição ampliada em cinco pontos, de 34% a 39%. O petista oscilou para cima, de 31% a 32%.
RENDA
Bolsonaro cresceu três pontos percentuais, até 30%, nos eleitores que ganham até 1 salário-mínimo. Nesta faixa, Haddad cresceu quatro e foi a 16%. O petista também cresceu três pontos (até 21%) entre os que ganham de 1 a 2 salários e mais três pontos (até 19%) entre os que recebem de 2 a 5 salários - segmentos em que o adversário manteve 26% e 34%. Entre os votantes mais ricos, que ganham mais de 5 salários-mínimos, Bolsonaro teve oscilação positiva de um ponto e foi a 42%. Haddad oscilou de 13% para 15%. Bolsonaro é rejeitado agora por 57% do eleitorado que ganha até 1 salário - antes, eram 53%. Marina Silva é a segunda menos querida no segmento: foi de 19% a 24%. Haddad oscilou de 14% para 16%. O militar ampliou sua rejeição em três pontos (46%) entre os que ganham mais de 1 e 2 salários e em seis pontos (até 39%) entre os que ganham mais de 5 salários. Nestas duas faixas, Haddad oscilou positivamente dois pontos, até 28% e 50%, respectivamente.
ESCOLARIDADE
Os eleitores que estudaram até a 4ª série do Ensino Fundamental ampliaram seu apoio a Bolsonaro em quatro pontos (28%). Haddad oscilou de 18% para 19% neste estrato. O militar ainda cresceu três pontos entre os que têm da 5ª ao 8ª sério do Ensino Fundamental (26%), enquanto o petista se manteve com 20%. No Ensino Médio, o candidato do PSL manteve 31% e o do PT oscilou de 17% para 19%. Já no Ensino Superior, faixa que lidera, Bolsonaro perdeu três pontos (33%) e Haddad subiu três pontos (16%). Bolsonaro é o mais rejeitado nos votantes que têm até a 4ª série (foi de 38% a 41% na nova pesquisa). Marina é a segunda, com 25%. Haddad subiu de 17% a 20%. No Ensino Médio, o candidato do PSL cresceu quatro pontos de rejeição, até 47%, enquanto o adversário oscilou de 31% para 32%. O número de eleitores que disse votar "de jeito nenhum" no militar subiu 11 pontos no Ensino Superior. Haddad se manteve com 46%.
RELIGIÃO E RAÇA
A votação de Bolsonaro entre os católicos oscilou de 25% a 24%, e a de Haddad cresceu quatro pontos, até 25%. Eles estão tecnicamente empatados no segmento. Entre os evangélicos, o militar oscilou de 36% para 34% e Haddad, de 15% para 17%. Os entrevistados que não se identificam católicos nem evangélicos ampliaram seu apoio em quatro pontos para o candidato do PSL, que subiu a 29%. O petista oscilou de 16% a 17%. Na rejeição, Bolsonaro alcançou 48% entre os católicos (subiu três pontos) e 41% entre os evangélicos (subiu sete). Haddad oscilou um ponto para cima nos dois, a 28% e 33%. Nas intenções de voto, Bolsonaro oscilou até 33% entre os brancos (dois pontos negativos) e a 25% entre pretos e pobres (um ponto positivo). Haddad cresceu três pontos entre os brancos (17%) e oscilou dois para cima entre os pretos e pardos (24%). Nos eleitores que se identificam com outras raças, o petista dobrou sua votação, até 28%, enquanto o adversário oscilou de 23% a 25%. O Ibope apurou que 40% dos eleitores brancos agora rejeitam Bolsonaro - eram seis pontos menos na pesquisa anterior. Haddad manteve 38%. Metade do eleitorado preto e pardo também não vota "de jeito nenhum" no militar (foi de 47% a 50%). O petista oscilou nesta faixa de 24% a 26%.
REGIÃO
No eleitorado dividido por região, destaca-se a movimentação no Sul. Enquanto Bolsonaro perdeu oito pontos (30%), Haddad subiu oito pontos (19%). No Sudeste, os dois oscilaram positivamente: dois pontos para o militar (31%) e um para o petista (16%). No Nordeste, onde lidera, Haddad ampliou seu apoio em três pontos, a 34%, enquanto Bolsonaro oscilou de 16% a 17%. O petista também cresceu cinco pontos no Norte/Centro-Oeste, até 20%, no mesmo período em que o adversário oscilou de 32% a 33%. Bolsonaro é o mais rejeitado no Nordeste, com 60% - eram 56% no levantamento anterior. O candidato do PSL ainda teve a rejeição ampliada no Sudeste (quatro pontos, a 43%) e no Sul (dez pontos, a 39%). Haddad manteve 17%, ficou em 36% e oscilou dois pontos para cima, a 34%, respectivamente. No Norte/Centro-Oeste, o petista teve o número de eleitores que não o apoiam ampliado de 29% a 33%, enquanto o rival oscilou um para baixo, a 38%. (O globo)

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